sábado, 2 de abril de 2011

Compreensivelmente: Natal (recuperado)

Este Natal recebi um candeeiro, o meu, meu primeiro candeeiro. Ele é bonito, bastante articulado, todo ele prateado a fazer de espelho, antigo num estilo sofisticado. Não sabia que o ia saber, foram os meus pais que o escolheram e me ofereceram. Fiquei contente por ver que depois de tantos anos ainda me conhecem. Foi um pequeno Natal o meu candeeiro.

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Eu tenho um amigo que tem um primo que tem um amigo que hoje, enquanto se despedia dela pelo telefone estava a sintonizar um rádio antigo. Quando acabou de falar aconteceram duas coisas espantosas. Estava incrivelmente feliz, não por ter desligado, mas por ter desligado e continuar a falar com ela. Como ele estava feliz, tão feliz que se deu a segunda coisa incrível. Mal desligou começou a dar uma musica qualquer, quando o meu primo me contou já não se lembrava de qual mas o que consta e que o rapaz ficou de olhos fechados e rádio a tocar a dançar e a dançar que nem um doido pela velha casa sozinho. É um pouco Natal quando alguém dança tão despudoradamente por alguém.

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E quando tudo estava a correr exactamente como Ele queria, sentiu-Se subitamente triste e perdido e expulsou-os do paraíso. Se não fosse por isso não havia Natal.




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