domingo, 27 de setembro de 2009

Milord




Il fait si froid, dehors,
Ici c`est confortable.
Laissez-vous faire, Milord
Et prenez bien vos aises,
Vos peines sur mon coeur
Et vos pieds sur une chaise
Je vous connais, Milord,
Vous n`m`avez jamais vue
Je ne suis qu`une fille du port,
Qu`une ombre de la rue...
Pourtant j`vous ai frôlé
Quand vous passiez hier,
Vous n`étiez pas peu fier,
Dame! Le ciel vous comblait:
Votre foulard de soie
Flottant sur vos épaules,
Vous aviez le beau rôle,
On aurait dit le roi...
Vous marchiez en vainqueur
Au bras d`une demoiselle
Mon Dieu!... Qu`elle était belle...
J`en ai froid dans le coeur...

Allez, venez, Milord!
Vous asseoir à ma table;
Il fait si froid, dehors,
Ici c`est confortable.
Laissez-vous faire, Milord,
Et prenez bien vos aises,
Vos peines sur mon coeur
Et vos pieds sur une chaise
Je vous connais, Milord,
Vous n`m`avez jamais vue
Je ne suis qu`une fille du port
Qu`une ombre de la rue...

Dire qu`il suffit parfois
Qu`il y ait un navire
Pour que tout se déchire
Quand le navire s`en va...
Il emmenait avec lui
La douce aux yeux si tendres
Qui n`a pas su comprendre
Qu`elle brisait votre vie
L`amour, ça fait pleurer
Comme quoi l`existence
Ça vous donne toutes les chances
Pour les reprendre après...

Allez, venez, Milord!
Vous avez l`air d`un môme!
Laissez-vous faire, Milord,
Venez dans mon royaume:
Je soigne les remords,
Je chante la romance,
Je chante les milords
Qui n`ont pas eu de chance!
Regardez-moi, Milord,
Vous n`m`avez jamais vue...
...Mais... vous pleurez, Milord?
Ça... j`l`aurais jamais cru!...

Eh ben, voyons, Milord!
Souriez-moi, Milord!
...Mieux qu` ça! Un p`tit effort...
Voilà, c`est ça!
Allez, riez, Milord!
Allez, chantez, Milord!
La-la-la...

...
Mais oui, dansez, Milord!
La-la-la... Bravo Milord!
La-la-la... Encore Milord!... La-la-la...

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Chegue aqui, Milord!
Venha sentar-se à minha mesa;
Aí fora está fazendo tanto frio,
Aqui está aconchegante.
Deixe-me cuidar de você, Milord
E sinta-se em casa,
Suas angústias, ponha no meu coração
E os pés, numa cadeira
Eu já o conheço, Milord,
Você nunca me viu
Sou apenas dessas moças do porto,
Uma mera sombra da rua...
E no entanto eu passei pertinho de você
Ontem,
Você ia todo prosa,
Puxa! O céu lhe dava do bom e do melhor:
O seu cachecol de seda
Flutuava nos seus ombros,
Você era o personagem principal,
Com pinta de rei...
Você andava como um vencedor
Aos braços de uma moça
Meus Deus... Como ela era linda!...
Até meu coração gelou...

Chegue aqui, Milord!
Venha sentar-se à minha mesa;
Aí fora está fazendo tanto frio,
Aqui está aconchegante.
Deixe-me cuidar de você, Milord
E sinta-se em casa,
Suas angústias, ponha no meu coração
E os pés, numa cadeira
Eu já o conheço, Milord,
Você nunca me viu
Sou apenas dessas moças do porto,
Uma mera sombra da rua...

E quando pensamos que às vezes basta
só existir um navio
Para que tudo acabe em desilusão
Quando o navio vai embora...
Levando com ele
Aquela namoradinha dos olhos meigos
Que não soube compreender
Que estava lhe fazendo sofrer
O amor faz a gente chorar
A vida com certeza
Nos oferece todas as chances do mundo
Para depois nos cobrar tudo de volta...

Chegue aqui, Milord!
Você parece criança!
Deixe-me cuidar de você, Milord,
Venha pra o meu reino:
Eu curo saudades,
Canto o amor,
Canto os milords
Que não tiveram sorte!
Olhe pra mim, Milord,
Você nunca me viu...
...Mas... você está chorando, Milord?
Por essa eu não esperava!...

Ora, pare com isso, Milord!
Dê um sorriso, Milord!
...Você pode fazer melhor! Vamos lá, um esforço...
É isso aí, muito bem!
Isso... ria, Milord!
Isso... cante, Milord!
La-la-la...


Muito bem, dance, Milord!
La-la-la... Bravo, Milord!
La-la-la... Mais uma vez vez Milord!... La-la-la...

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Agora diga-me, Milord!
Como vive, Milord!
Eu so preciso de saber como o fazer
la la la Milord!
Ensine-me Milord!
Que o caminho e tao grande a percorrer!
Eles dizem aqui Milord!
Eles dizem ali Milord!
E eu fico sem saber muito bem o que fazer
Eu vou correr Milord!
Eu vou voar Milord!
Nao me vao apanhar nessas teias malditas...

la la la la la la

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Setembro

A decadência está em todo o lado. 

A decadência estava em todo o lado.

A decadência esteve em todo o lado.

A decadência afinal nunca deixou de estar em todo o lado.

A decadência é não saber o que fazer sem ela.

A decadência é não ter casa dentro de casa.

A decadência é não se estar só quando se quer andar na rua.

A decadência é estar-se só quando se pensa.

Em Setembro não se permite decadência.

Mas com o tempo ela virá.

domingo, 13 de setembro de 2009

contrato-promessa

Eu, Luís Miguel Xavier Alves de Castro Teixeira, nascido a três de Setembro de mil movecentos e noventa, com a devida contribuição de José Luís de Castro Teixeira e Graça Maria Xavier Leitão Alves, comprometo-me a:

No prazo de uma vida atingir pelo menos um dos objectivos expressos no seguinte texto extraídos dos meus rascunhos pessoais:



"Fiquei terrivelmente mal disposto por saber que já existia, na TSF, algo chamado Governo Sombra, sacanas imitadores. Agora quando num futuro post vier a propor algo do género vou-lhe chamar oquê? Segundo Governo? Ah não soa tão bem!

Efectivamente quem lê em inglês fica rico em pouco tempo, e comprar directo de Inglaterra é o que está a dar com a libra tão desvalorizada.

Gostava de perceber de economia. O melhor desta crise é mesmo poder falar de economia à vontade, já que os peritos perceberam tanto do mercado como eu.

Também gostava de perceber de programação. E de ter paciência e capacidade de trabalho. Com estas três pode-se fazer tanta coisa meu deus!

Ah e gostava de saber de música. E mecânica e construção. Desde miúdo que não construo nada.Logo eu que era incrivel com a fita-cola e o cartão.

Nos meus planos de vida feitos, à moda de Leste, de cinco em cinco anos, gostava de um dia entender a agricultura e ter uma quinta e, com o meu conhecimento de genética, produzir transgénicos fiáveis.

Queria ter um bar. Ou dois. Um reggae, um jazz e um rock. Ok, três bares.

E sim é verdade, também quero ser médico e viver uns tempos em Manchester ou Glasgow e ser bastante bom nalguma coisa, de preferência neuro. Pelo menos por agora é esse o meu pensamento.

Gostava de ter podido ser um jogador de polo-aquático profissional. Mas enfim aqui não dá. Que trágico, nem vinte anos e já sonhos desfeitos.

Também quero viver nos states. E no Japão e em vários sítios da Europa. Além de Manchester claro.

Ainda na medicina não está fora de questão medicina tropical. África fascina-me tanto! Sem dúvida que é um objectivo.

Queria viver nestes sítios todos de que já falei, mas gostava que a minha casa tivesse um campo à volta, e que nos dias piores pudesse ter um barco e um mar, um qualquer, por perto.

Queria escrever num jornal decente. Mais! Queria que existissem mais jornais decentes! E gostava de ter um, isso sim, um Preto no Branco a sério. Grrr gostava!

Sim e é verdade, também gostava de fazer um filme. Não percebo nada. Mesmo! Não percebo nem mesmo muito como crítico quanto mais como realizador, mas gostava, é um facto.

Gostava principalmente de não gostar de tanta coisa. Era tão bom ter como universo o futebol e a cerveja.

Ah, adorava não odiar Domingos. Não percebo porquê mas não o consigo evitar.

Mais que tudo isto gostava de morrer, tarde ou cedo, com um funeral cheio de gente e sentir que sim, algo tinha mudado por eu ter existido um dia. Isso sim!"



No caso de nenhum dos objectivos ser atingido, e nos termos legais previstos, incorrei em pena por quebra de contrato.

Os signatários:

Luís Miguel Xavier ALves de Castro Teixeira
&
Luís Miguel Xavier ALves de Castro Teixeira

Paredes, treze de Setembro de dois mil e nove, vinte e três horas e cinqunta e cinco minutos